No texto, Forghani se refere a Israel como "um tumor cancerígeno no Oriente Médio" e diz aos leitores que "todos os problemas" dos iranianos "são culpa de Israel". "Todo muçulmano é obrigado a se preparar contra Israel", diz. Se o mundo muçulmano não atacar Israel no futuro próximo, "a oportunidade pode se perder e talvez não seja possível pará-los".
Um diplomata israelense consultado pelo Terra lamentou o artigo, apesar de avaliar não ser "novidade" o fato de, que para o regime iraniano, Israel não seja um país legítimo. "Eles consideram nosso país como um câncer que deve ser retirado do Oriente Médio.
Ahmadinejad e a elite governamental iraniana repetem a todo momento que Israel deve ser destruído", afirmou o representante israelense do Ministério de Assuntos Exteriores em Jerusalém.
"E exatamente por isso acreditamos que o Irã é uma ameaça e sua política e programa nuclear atômico devem ser bloqueados", defendeu o funcionário.
Nas últimas semanas o governo israelense do premiê Benjamin Netanyahu tem insistido que a comunidade internacional tome medidas contra o avanço do programa nuclear iraniano, que consideram ter fins bélicos. O vice-ministro de Relações Exteriores de Israel, Dany Ayalon, pediu esta quinta-feira à Colômbia, como atual representante do comitê que monitora as sanções contra Irã e Sudão e como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, que implemente um embargo à exportação de petróleo iraniano como forma de pressionar o regime a paralisar seu controverso programa nuclear.
Especialistas têm alertado para o risco de conflito entre Israel e Irã, uma vez que ambos os países vem aumentando a guerra retórica e psicológica travada nos meios de comunicação. Existe o temor de que Israel realize um ataque preventivo para se defender das ameaças de destruição propagadas pelo Irã.
No último domingo, o presidente norte-americano, Barack Obama, tentou acalmar os ânimos. "Não acredito que Israel já tenha tomado uma decisão", disse Obama.
Para o analista político iraniano, Trita Parsi, a solução seria aceitar o enriquecimento limitado de urânio em solo iraniano sob o estrito controle das inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), "com uma transparência e regime de verificação que torne a militarização do programa praticamente impossível". No entanto, Parsi avalia que existe uma falta de vontade política tanto em Teerã, quanto na Washington em ano de eleições, para resolver o aumento da tensão entre Israel e Irã.
"É o que levou Obama a ceder ao Congresso e a Israel, e a adotar uma política equiivocada, e o que levou a liderança dividida em Teerã a ter mais medo do compromisso (político) do que uma escalada (do conflito)", conclui Parsi.
Fonte: http://noticias.terra.com.br
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