Após os recentes atentados contra as embaixadas israelenses em Nova Delhi e Tbilisi, a imprensa estadunidense alerta assinalando que o presunto alvo dos terroristas possa ser Nova York com a grande comunidade judia que lá habita. Enquanto, Israel atribuiu ao Irã a autoria dos ataques contra suas embaixadas na Índia e Geórgia e a sequência de explosões em Bangkok.
Alerta geral com motivo de presuntos ataques
O Estado hebreu responsabilizou o Irã dos recentes ataques aparentemente dirigidos contra diplomatas israelenses em Nova Delhi (Índia) e Tbilisi (Geórgia), assim como a série de explosões em Bangkok (Tailândia) que deixaram cinco pessoas feridas, algo que a República Islâmica desmentiu.
Os atentados contra as embaixadas israelenses forçaram o imediato alerta geral e se agregaram medidas de segurança especiais nas instituições judias em todo o mundo, e nos EUA em especial. O jornal estadunidense Wall Street Journal considerou esta quarta que os islâmicos iranianos estariam vinculados nos novos crimes contra judeus, e esta vez Irã pode cometer atentados em Nova York possivelmente mais cruéis que o ataque contra as Torres Gêmeas em 2001.
O jornal considera que a comunidade judia multimilionária da cidade é um “objetivo atrativo” para os terroristas e alerta que as proporções de um presunto atentado na cidade poderiam ser “catastróficos”.
Ameaças da Inteligência estadunidense
Ademais, Wall Street Journal lembra as palavras do chefe nacional da Inteligência estadunidense, James Clapper, sobre o complô orquestrado pelo Irã para assassinar o embaixador saudita em Washington e atacar outras sedes diplomáticas, indicando que o regime iraniano está “mais disposto” a cometer um atentado contra os Estados Unidos.
Por sua parte, Clapper declarou de novo no início desta semana que os funcionários iranianos “estão dispostos agora a lançar um ataque nos EUA”. O diretor da Inteligência dos EUA anteriormente tinha manifestado que as autoridades iranianas mudaram sua posição e “estão mais dispostos a levar a cabo um ataque contra os EUA em resposta às ameaças reais ou supostas de ações estadunidenses contra o regime”.
América Latina como “uma plataforma do Irã”
Clapper não sugeriu explícitamente de onde viriam esses ataques, mas os líderes parlamentares republicanos sim o fizeram, declarando que se puede cometer desde território latinoamericano. O aspirante republicano Mitt Romney e os líderes republicanos no Congresso consideram que para uma ofensiva iraniana poderia usar a América Latina como plataforma de lançamento de ataques terroristas contra os EUA.
A presidenta do Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes, a republicana por Miami Ileana Ros-Lehtinen, disse em seu discurso titulado “A agenda do Irã no Hemisfério Ocidental” que a aliança do Irã com a Venezuela, Nicarágua, Cuba e Equador “pode ser uma ameaça imediata, proporcionando ao Irã uma plataforma na região para lançar ataques contra EUA, nossos interesses e nossos aliados”.
“Os explosivos não eram para sabotar”
Enquanto isso, um alto funcionário de segurança tailandês explicou esta quarta-feira que o material encontrado na casa onde ocorreu a primeira explosão é similar à utilizada nos ataques contra as embaixadas israelenses em Nova Delhi e Tbilisi. Além disso, a Polícia tailandesa prendeu a dois homens de nacionalidade iraniana que tinham alugado a casa onde se houve a primeira explosão.
Além disto, o secretário geral do Conselho Nacional de Segurança, Wichean Potephosree, disse que “os explosivos não eram para sabotar” e os artefatos que explodiram estavam dirigidos contra objetivos individuais, embora não soubesse especificar quais.
O ministro da Defesa da Tailândia, Sukumpol Suwanatat, também afirmou esta quarta-feira que a sequência de explosões em Bangkok não deve ser considerada um ataque terrorista. “Na minha opinião, estes homens estavam tentando montar as bombas que produziram as explosões”, explicou o ministro.
Fonte: http://actualidad.rt.com
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