O bispo irlandês Malaquias profetizou que Bento 16 é o penúltimo Papa. Considerado santo, Malaquias O’Morgan nasceu em Armagh, Irlanda, em 1094.
Ordenado aos 25 anos, Malaquias foi bispo e arcebispo, sempre dedicado a estender o catolicismo por toda a Irlanda.
Suas profecias começam com a previsão de sua própria morte, muito antes de ela acontecer. Certo dia, ele disse a um amigo: “No dia 2 de novembro de 1148, no mosteiro de Calrivaux, serei despojado do meu corpo”. De fato, foi isso que ocorreu.
Malaquias previu também acontecimentos políticos. Sobre a Irlanda, sua pátria, ele disse:
“Sofrerá a pressão inglesa, durante séculos, mas permanecerá fiel a Deus e à Igreja. No final, será libertada, e os ingleses, por sua vez, sofrerão castigos”.
Conta-se que em 1139, foi até Roma e teve uma visão celestial sobre o futuro. Isso incluía o nome de todos os papas, 112 a partir daquela data. Suas “profecias” foram escritas em frases latinas e descrevem todos os papas que sentariam no trono de Pedro, de 1144 até o fim do Vaticano.
Malaquias deu conta de suas visões ao Papa Inocêncio II, mas o documento permaneceu oculto no Arquivo Romano até sua descoberta, em 1590. Esse livro é levado a sério por muitos estudiosos do catolicismo. O motivo é simples, o cumprimento das previsões.
Um dos mais respeitados historiadores do século XVI, Onófrio Panvinio, corregedor e revisor da Biblioteca do Vaticano em 1556, aceitava completamente a autenticidade das profecias atribuídas a São Malaquias.
Malaquias disse que o primeiro Papa, a partir daquele ano, viria do “Ex Castro Tiberis” (Do Castelo do Tibre). O primeiro papa depois do registro profético foi Celestino II, que nasceu em Titerna, forte construído sobre o rio Tibre.
Muitas profecias são fáceis de entender. Por exemplo, Urbano VIII de fato era o Lilium et Rosa (o lírio e a rosa), pois nasceu em Florença, cujo símbolo é justamente o lírio.
Peregrinus apostolicus (papa peregrino), que designa Pio VI, é facilmente comprovado por suas muitas viagens a terras novas.
Já no século 20, há o caso de Bento XV. Malaquias disse que ele subiria ao trono durante a “Religio Depopulata” (Religião Despovoada). De fato, Bento XV foi papa em 1914 e assistiu a toda a Primeira Guerra Mundial, que matou milhões de cristãos em toda a Europa. Ou seja, a religião ficou praticamente “despovoada”.
Malaquias descreveu que o papa 110, seria “De Laboris Solis, o “Trabalho do Sol”. João Paulo II nasceu na Cracóvia, a mesma cidade onde o astrônomo Copérnico tentou provar que a Terra gira em torno do Sol. Além disso, conta-se que Karol Wojtyla nasceu durante um eclipse solar.
O sucessor de João Paulo II é descrito por Malaquias como “Glória Olivae” ou “Glória da Oliveira”. Bento XVI nasceu e foi batizado na Páscoa. Durante a celebração deste evento cristão, as igrejas católicas europeias são decoradas com de palmas e ramos de oliveira. Além disso, a Ordem de São Bento também é conhecida como “olivetana”.
Se as profecias de Malaquias estão corretas, depois do atual papa, haverá apenas mais um: o “Petrus Romanus”. É possível que o nome do sucessor de Bento XVI seja algum cardeal italiano chamado Pedro, embora, por tradição, ele não possa adotar esse nome na condição de Papa.
Segundo Malaquias, o “último Papa” assistirá o fim do mundo: “Na perseguição final da Santa Igreja Romana reinará Pedro, o Romano, que alimentará seu rebanho em meio a muitas tribulações, após o qual a cidade das sete colinas (Roma) será destruída e o juiz terrível julgará o povo. Fim”.
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