terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Foto 63 de 64 - Representantes do Quarteto para o Oriente Médio, incluindo o ex-premiê britânico Tony Blair, participam de reunião com negociadores de Israel e da Palestina em Amã, capital da Jordânia, nesta terça-feira (3), no primeiro encontro cara à cara em mais de 15 meses HO/PETRA/AFP O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Yudeh, fez o anúncio em entrevista coletiva em Amã, capital do país, onde os negociadores chefe palestino, Saeb Erekat, e israelense, Izhak Moljo, se reuniram frente a frente pela primeira vez em 16 meses. O encontro aconteceu após os dois participarem de uma reunião com representantes dos Estados Unidos, Rússia, a União Europeia (UE) e a ONU, o chamado Quarteto para o Oriente Médio. "Foi um encontro positivo no qual todas as partes se comprometeram com a solução de dois Estados", afirmou o chefe da diplomacia jordaniana. No entanto, ele afirmou que não espera nem aumentar nem reduzir as expectativas sobre um acordo de paz. O chanceler disse que Erakat apresentou ao representante israelense e ao Quarteto a posição palestina sobre os problemas na fronteira e a questão da segurança. "Moljo prometeu apresentar uma resposta à proposta palestina antes do final de mês, quando analisaremos a situação completa", indicou Yudeh. O jordaniano afirmou que o ponto de referência para as conversas entre palestinos israelenses em Amã, no próximo mês, será o comunicado emitido pelo Quarteto em 23 de setembro, que tinha fixado o dia 26 de janeiro como limite para que as ambas as partes apresentassem sua visão sobre segurança e as fronteiras. O chanceler também propôs um calendário para que um acordo final seja estipulado antes do fim de 2012. "Não haverá novos anúncios sobre as reuniões em Amã, e a Jordânia terá exclusividade para informar sobre os progressos dos encontros", explicou. Além disso, destacou que o reatamento das negociações entre israelenses e palestinos representa "um interesse supremo" para seu país e para todo o mundo. Perguntado sobre a condição imposta pela palestina, que exige o fim da construção de assentamentos judeus em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, Yudeh disse que "todo mundo considera as colônias ilegais". Nesse sentido, afirmou que o Quarteto para o Oriente Médio considera esta prática israelense "uma ação provocadora". A Autoridade Nacional Palestina (ANP) se retirou das últimas negociações diretas de paz, em setembro de 2010, após Israel rejeitar terminar com a construção dos assentamentos. Horas antes da reunião, o Ministério da Habitação e da Administração de Terras de Israel anunciou a licitação de 300 casas em duas colônias judias, segundo a edição digital do diário "Ha'aretz". O encontro de hoje foi criticado pelo movimento islamita Hamas, que o considera uma repetição do diálogo que fracassou nos últimos anos. Além disso, organização vê o Quarteto como um organismo controlado pelos EUA e que satisfaz somente os interesses de Israel
O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Yudeh, fez o anúncio em entrevista coletiva em Amã, capital do país, onde os negociadores chefe palestino, Saeb Erekat, e israelense, Izhak Moljo, se reuniram frente a frente pela primeira vez em 16 meses.
O encontro aconteceu após os dois participarem de uma reunião com representantes dos Estados Unidos, Rússia, a União Europeia (UE) e a ONU, o chamado Quarteto para o Oriente Médio.
"Foi um encontro positivo no qual todas as partes se comprometeram com a solução de dois Estados", afirmou o chefe da diplomacia jordaniana.
No entanto, ele afirmou que não espera nem aumentar nem reduzir as expectativas sobre um acordo de paz. O chanceler disse que Erakat apresentou ao representante israelense e ao Quarteto a posição palestina sobre os problemas na fronteira e a questão da segurança.
"Moljo prometeu apresentar uma resposta à proposta palestina antes do final de mês, quando analisaremos a situação completa", indicou Yudeh.
O jordaniano afirmou que o ponto de referência para as conversas entre palestinos israelenses em Amã, no próximo mês, será o comunicado emitido pelo Quarteto em 23 de setembro, que tinha fixado o dia 26 de janeiro como limite para que as ambas as partes apresentassem sua visão sobre segurança e as fronteiras.
O chanceler também propôs um calendário para que um acordo final seja estipulado antes do fim de 2012. "Não haverá novos anúncios sobre as reuniões em Amã, e a Jordânia terá exclusividade para informar sobre os progressos dos encontros", explicou.
Além disso, destacou que o reatamento das negociações entre israelenses e palestinos representa "um interesse supremo" para seu país e para todo o mundo.
Perguntado sobre a condição imposta pela palestina, que exige o fim da construção de assentamentos judeus em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, Yudeh disse que "todo mundo considera as colônias ilegais".
Nesse sentido, afirmou que o Quarteto para o Oriente Médio considera esta prática israelense "uma ação provocadora". A Autoridade Nacional Palestina (ANP) se retirou das últimas negociações diretas de paz, em setembro de 2010, após Israel rejeitar terminar com a construção dos assentamentos.
Horas antes da reunião, o Ministério da Habitação e da Administração de Terras de Israel anunciou a licitação de 300 casas em duas colônias judias, segundo a edição digital do diário "Ha'aretz".
O encontro de hoje foi criticado pelo movimento islamita Hamas, que o considera uma repetição do diálogo que fracassou nos últimos anos. Além disso, organização vê o Quarteto como um organismo controlado pelos EUA e que satisfaz somente os interesses de Israel
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